Já no século XVI, o vinho Verdelho produzido na Urzelina era gabado e conhecido como um vinho generoso de grande qualidade, tendo sido mesmo exportado para a Europa Continental, África e América do Sul.
Porém, a produção deste vinho decaiu após a erupção de 1808, e acabou por desaparecer, na segunda metade do século XIX, devido à propagação de doenças como o Oidium Tuckeri e a Filoxera, que obrigaram os produtores a substituir as vinhas de Verdelho pela casta mais resistente, vinda do continente americano.
Passado mais de um século do declínio do Verdelho na Urzelina, será que já existem as condições necessárias para tentar reavivar o cultivo desta casta e a produção deste vinho? No Pico já o conseguiram fazer e com óptimos resultados (quer da Cooperativa Vitivinícola do Pico e da Curral de Atlantis), porque não tentar também fazê-lo na Urzelina? A terra é a mesma, o clima também, a diferença é que a evolução tecnológica pode possibilitar soluções para ultrapassar os problemas do passado.
Claro está, que tal empreendimento só poderia ser feito por alguém com os recursos necessários, os apoios certos e uma boa dose de coragem.
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