sábado, 5 de setembro de 2009

Todos gostam da Caldeira

Em tempos não muito afastados, chegado a este primeiro fim-de-semana de Setembro, a freguesia da Urzelina transformava-se numa necrópole, quase toda a sua população seguia para as festas do Senhor Santo Cristo da Fajã da Caldeira.

Uns por promessas ao Senhor, outros por ser uma tradição de família, outros ainda pelo simples prazer de ir à festa, a maioria dos habitantes da Urzelina desciam à fajã em romaria, deixando-a vazia de gente.

Uma vez lá baixo, cumpria-se a festa num espírito próprio daquele local, onde a euforia da ocasião se mistura com o silêncio do lugar.

Contudo, hoje em dia, esse espírito de fajã tem vindo a ser corrompido por um elemento exterior que perturba toda essa paz. Não são poucos os que por lá se passeiam em motas que, com o seu barulho, recriam a algazarra dos vendilhões do templo.

Será a inevitabilidade dos tempos ou desrespeito por aquele lugar mítico?

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